Dói ser mulher?

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Muita coisa já mudou nas últimas décadas e, se há discriminação de gênero, com certeza é bem menos do que antigamente. Hoje as mulheres já podem votar, trabalhar, atuar no meio político, expressar-se como bem querem e, principalmente, viver da forma que escolherem.

Praticamente todos os direitos que os homens possuem, as mulheres possuem. Isso, claro, falando no caso do Brasil e da maioria dos países mundo afora. Só que, ainda assim, há um problema: junto com todos os direitos alcançados pelo sexo feminino, também veio com eles a discriminação velada.

Ah... e como é velada!

É como se não pudéssemos reclamar de nada, pois é como se já tivéssemos "tudo". Afinal de contas, qual a mulher que nunca ouviu a pergunta "ah, mas você queria igualdade com os homens, por que está reclamando?" e acabou ficando sem resposta no calor do momento?

É como se nós tivéssemos que aceitar todos os tipos de comentários e piadas porque, se os homens "sabem brincar", a gente também tem que saber entrar no jogo. A discussão torna-se um caminho sem volta, pois se não perdemos a amizade, ficamos sendo tachadas como "aquelas feministas chatas".

Mas ser mulher não precisa ser tão inconveniente assim. Não se você estiver disposta a aceitar tudo o que a sociedade quer que você aceite. É só rir das piadas de mau gosto, agradecer ao seu chefe quando ele passar lentamente a mão pelos seus braços, não denunciar o seu marido quando ele "esbarrar" com você na escada e, nunca, mas nunca se aliar a feministas.

Pelo menos agindo assim nessas situações você será mais "amada" por todos que estiverem à sua volta. E, se isso é felicidade para você, então ser mulher não dói.


Não, dói.



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