Como é ser uma dona de casa?

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Desde criança eu sempre tive o sonho de ser uma dona de casa. Por duas décadas da minha vida, não conseguia ver nada de errado nessa forma que tantas mulheres escolhem viver a vida. Até o dia em que eu me tornei uma dona de casa também.

Já contei muito da minha história nesse blog, mas não o que estou prestes a contar. O motivo pelo qual eu pedi demissão do meu emprego como repórter de TV, aos 25 anos de idade, após 5 anos de profissão, foi para seguir o meu sonho de ser uma "mulher de família".

Digo "mulher de família" no sentido de que eu realmente acreditava, na época, que filhos e um marido poderiam preencher o vazio existencial que sentia às vezes na minha profissão.

Meu ex-namorado e meus pais até tentaram me convencer do contrário, mas eu era boba na época. Tudo bem, isso faz só dois anos, mas eu sei que nunca mais serei a mesma.

É bom ser uma dona de casa?

Como todo mundo sabe qual o conceito de dona de casa, não vou ficar aqui dizendo o que eu fazia. Vou direto ao ponto.

Após passar um ano trabalhando e vivendo para fazer um homem feliz, descobri que ninguém é responsável pela nossa felicidade além de nós mesmos.

Talvez seja assim com os filhos, pois tenho certeza que o amor de uma mãe só pode ser entendido se experienciado (coisa que comigo ainda nunca aconteceu), ou até mesmo com alguns outros parentes de sangue, mas em relação a todas as outras pessoas de nossa vida, é assim que funciona.

Você até pode achar que vai ser feliz tentando fazer outra pessoa feliz, mas isso vai acabar dando errado, pois se você não é feliz, não conseguirá trazer alegria para ninguém à sua volta.

Então, caso você esteja em um dilema como o que eu tive há dois anos, pensa bem no que vai te fazer feliz e não no que vai fazer os outros felizes.

Tem gente que diz que a vida é curta, mas eu não tenho nem 30 e já tô achando ela longa demais, rs. E, se é longa demais, o tempo pra se remoer a tristeza também pode ser muito grande e amargo.

Viver a vida pelos outros não é viver a vida.